Reoperações em Oncologia_ Quando e Por Que São Necessárias_

Reoperações em Oncologia: Quando e Por Que São Necessárias?

A cirurgia oncológica é um dos alicerces fundamentais no combate ao câncer, muitas vezes atuando como a primeira e mais direta abordagem para eliminar tumores. Contudo, em algumas situações, uma única intervenção cirúrgica não basta, e realizar reoperações torna-se crucial para aprimorar os resultados terapêuticos e garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente.

Indicações para Reoperações em Oncologia

Existem diversas razões para considerar uma nova cirurgia em oncologia, entre elas:

1. Margens Cirúrgicas Positivas: Quando a análise patológica do tecido extraído revela a presença de células malignas nas margens, isso indica que o tumor não foi completamente removido. Nesse contexto, outra cirurgia é necessária para extrair o tecido restante e diminuir o risco de o câncer voltar.

2. Recidiva Local: Às vezes, o câncer pode ressurgir no mesmo local onde foi realizada a primeira cirurgia, devido à persistência de células cancerígenas. Reoperar tem como finalidade extirpar o novo crescimento tumoral e manter a doença sob controle.

3. Complicações Pós-Operatórias: Algumas complicações, como infecções, fístulas ou obstruções, podem surgir a partir da cirurgia inicial, requerendo novas intervenções para corrigir esses problemas e promover a recuperação do paciente.

4. Progressão da Doença: Quando o câncer progride ou se espalha para outras áreas após o primeiro procedimento cirúrgico, pode ser necessário considerar uma nova cirurgia para remover novas lesões ou aliviar sintomas.

Objetivos das Reoperações

As reoperações têm objetivos bem definidos:

– Controle Local da Doença: Visa a remoção total do tecido tumoral residual ou que ressurgiu, com o intuito de reduzir a probabilidade de disseminação do câncer.

– Alívio de Sintomas: Corrige complicações ou diminui a carga tumoral, proporcionando uma vida de melhor qualidade ao paciente.

– Melhoria do Prognóstico: Em determinados casos, novas cirurgias podem aumentar as chances de sobrevivência, especialmente quando são combinadas com outras formas de tratamento, como quimioterapia ou radioterapia.

Considerações Importantes

É fundamental que a decisão por realizar uma reoperação seja bem ponderada, levando em conta aspectos como o estado de saúde do paciente, a localização e o tamanho do tumor, além dos possíveis benefícios e riscos que o novo procedimento pode trazer. Uma abordagem conjunta de especialistas, incluindo cirurgiões oncológicos, oncologistas clínicos e outros profissionais de saúde, é crucial para definir a melhor estratégia de tratamento.

Em resumo, embora as reoperações em oncologia representem desafios complexos, muitas vezes são necessárias para controlar a progressão da doença e proporcionar ao paciente a melhor qualidade de vida possível. O monitoramento contínuo e a avaliação detalhada ajudam a determinar o momento adequado e a real necessidade dessas intervenções.

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Referências Consultadas

– “Cirurgia oncológica – Cirurgia oncológica – Manuais MSD edição para profissionais”, agosto de 2022.

– “Cirurgia oncológica | Instituto Vencer o Câncer”.

– “Cirurgia Digestiva Oncológica – Prof. Dr. Eduardo Pacheco”.

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Hérnias da Parede Abdominal

Ocorrem devido às malformações ou fragilidade adquiridas durante a vida. Neste local, por aumento da pressão intra-abdominal, o conteúdo peritoneal se projeta para o exterior, causando a hérnia. Geralmente, as hérnias são móveis, podendo ser reduzidas. Em algumas situações tornam-se presas (encarceradas), podendo inclusive sofrer isquemia (estranguladas).

Cálculos da Vesícula Biliar

A litíase das vias biliares, também conhecida como "pedra na vesícula", atinge de 10 a 20% da população. Por um desequilíbrio bioquímico na bile - que fica armazenada e concentrada na vesícula biliar - cálculos de tamanhos variados podem se formar. Esses podem ser assintomáticos, causar dores de intensidade variada e complicações mais sérias - como colecistite, colangite e pancreatite.