Nutrição e Suporte Alimentar Durante o Tratamento do Câncer
A nutrição adequada é crucial durante o tratamento do câncer, pois pode influenciar significativamente os resultados do tratamento e a qualidade de vida do paciente.
O câncer de cólon e reto é uma doença multifatorial, influenciada por fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida. Os fatores hereditários, como o histórico familiar de câncer de cólon e reto e as doenças inflamatórias do intestino, representam apenas uma pequena proporção da variação observada na carga global da doença. Fatores de risco ligados ao estilo de vida são modificáveis e incluem: o consumo de bebidas alcoólicas, a baixa ingestão de frutas e vegetais, o alto consumo de carnes vermelhas e de alimentos processados, a obesidade, o tabagismo e a inatividade física.
O tratamento vai depender do estadiamento clínico feito através de exames endoscópicos (colonoscopia), e de imagem (ultrassonografia, tomografia e/ou ressonância), podendo ser feito por cirurgia, associado ou não a quimio e radioterapia. A maioria dos tumores, quando existe indicação de tratamento cirúrgico, pode ser abordada de maneira minimamente invasiva, ou seja, com videolaparoscopia ou robótica, garantindo melhor recuperação pós-operatória, com menos sangramento, dor e complicações.
A infecção por Helicobacter Pylori compreende a causa mais fortemente associada ao aumento no risco para o desenvolvimento de câncer de estômago. Entre os demais fatores ambientais, estão os hábitos nutricionais, como dietas ricas em alimentos defumados ou conservados no sal, a obesidade, o consumo de álcool, em grandes quantidades, e de tabaco.
Como todos os tumores, deve ser avaliada a extensão da doença com exames endoscópicos (endoscopia digestiva alta) e de imagem, para a definição do estadiamento clínico e programação de tratamento.
Dependendo disto, o tratamento pode ser iniciado com quimioterapia para melhor abordagem cirúrgica, ou com cirurgia como primeira opção. A cirurgia laparoscópica ou robótica pode ser utilizada com cautela desde que o critérios oncológicos sejam respeitados, garantindo melhor recuperação pós-operatória.
O prognóstico, em geral, independe do tipo histológico, embora pacientes com adenocarcinomas apresentem prognóstico discretamente melhor quando comparados aos carcinomas de células escamosas (HOWLADER et al., 2017).
Entre os fatores de risco envolvidos na etiologia do câncer de esôfago, destacam-se a síndrome de Barret – decorrente de refluxo gastroesofágico crônico – e a síndrome tilose hereditária – um distúrbio autossômico caracterizado por hiperceratose palmoplantar.
Em comum com os demais cânceres de origem digestória, os padrões dietéticos são de relevante importância, sendo considerado que a ingestão de bebidas quentes, dietas pobres em frutas e vegetais frescos, o aumento do consumo de alimentos em conserva, de churrasco, o consumo de álcool e de fumo, bem como o fator obesidade, estão associados ao aumento do risco.
O tratamento vai depender da localização do tumor, assim como a sua extensão no esôfago e possíveis metástases para linfonodos e outros órgãos. A cirurgia, quando possível, é a principal modalidade com intenção de cura. Porém a radio e quimioterapia podem ser utilizadas antes ou após.
O câncer de pâncreas mais comum é do tipo adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular), correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). As outras partes do pâncreas são corpo (centro) e cauda (lado esquerdo). Outros tumores produtores de hormônios também podem ter origem no pâncreas, como insulinomas, glucagomas, VIPOMAS e demais tumores neuroendócrinos.
O tratamento, após estadiamento e definição da extensão da doença, pode ser cirúrgico ou quimioterápico. A cirurgia minimamente invasiva pode ser utilizada em casos selecionados.
Tumores primários do fígado também podem existir, sendo eles o hepatocarcinoma, colangiocarcinoma, sarcomas, linfomas e outros.
Por ser um órgão sólido, o fígado é dividido em seguimentos, e de acordo com a localização e tamanho do tumor, uma modalidade cirúrgica será aplicada. Uma característica importante deste é órgão é a capacidade regenerativa, sendo possível retirar até 75% do volume hepático em casos selecionados.
A cirurgia minimamente invasiva (videolaparoscopia e robótica) pode ser aplicada com ótimos resultados.
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV. A transmissão da infecção ocorre por via sexual. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.
O tratamento vai depender da localização e extensão da doença, avaliada por exames de estadiamento, como o exame especular, toque vaginal, tomografia e ressonância. Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero, estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.
O risco de desenvolvimento de câncer do corpo do útero aumenta em mulheres com mais de 50 anos. Outros fatores são: predisposição genética, obesidade, diabetes, hiperplasia endometrial, anovulação, radiação, uso crônico de estrogênio, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, síndrome do ovário policístico e síndrome de Lynch.
O tratamento depende do estadiamento, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A cirurgia minimamente invasiva (laparoscopia e robótica) pode ser utilizada, com excelentes resultados na pelve.
O câncer de pele não melanoma apresenta tumores de diferentes tipos. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular (o mais comum e também o menos agressivo) e o carcinoma epidermoide. O principal fator de risco é a exposição solar, principalmente em pessoas de pele clara.
A cirurgia é o tratamento mais indicado tanto nos casos de carcinoma basocelular como de carcinoma epidermoide. Eventualmente, pode-se associar a radioterapia à cirurgia.
O melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).
A cirurgia é o tratamento mais indicado e vai depender da localização e profundidade de lesão. O principal sítio de metástase é a linfonodal, e alguns pacientes tem indicação de pesquisa do linfonodo sentinela, onde uma biópsia num grupamento específico linfonodos é realizada.
Os sarcomas de partes moles podem se localizar em qualquer parte do corpo, sendo mais comuns nos membros (braços e pernas) – conhecidos como sarcomas de extremidades. E os sarcomas retroperitoneais, posição mais posterior do abdome, podem ter diversos subtipos a depender do tecido de origem.
O tratamento é basicamente cirúrgico a depender da localização, tamanho e relação com estruturas adjacentes, como vasos, nervos e outros órgãos. A radioterapia pode ser utilizada antes ou após a cirurgia em alguns casos. A quimioterapia também pode ser utilizada, porém os resultados ainda são muito variados.
A nutrição adequada é crucial durante o tratamento do câncer, pois pode influenciar significativamente os resultados do tratamento e a qualidade de vida do paciente.
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