Estratégias Práticas para Envolver a Família no Cuidado de Pacientes com Alzheimer

Linfadenectomia em Cirurgias Oncológicas: Entenda o Procedimento e Suas Indicações

A linfadenectomia é um procedimento cirúrgico essencial no manejo de vários tipos de câncer. Este procedimento consiste na remoção dos linfonodos, que são estruturas responsáveis por atuar como filtros no sistema linfático, capturando e eliminando substâncias prejudiciais, incluindo células cancerígenas. A retirada dos linfonodos é crucial para avaliar a extensão da propagação do câncer e auxilia na formulação de um plano de tratamento mais adequado para o paciente.

Indicações da Linfadenectomia

A linfadenectomia é indicada em diferentes cenários oncológicos, levando em conta o tipo e o estágio do câncer:

– Câncer de Próstata: Em pacientes que apresentem risco intermediário ou elevado, é comum realizar a linfadenectomia pélvica durante a prostatectomia radical para identificar possíveis metástases nos linfonodos. Fatores como níveis elevados de PSA, um escore de Gleason igual ou superior a 7, e estadiamento clínico T2b ou acima são considerados ao decidir por este procedimento.

– Câncer de Bexiga: Em casos onde o câncer é invasivo, especialmente quando está indicada a cistectomia radical, a linfadenectomia pélvica integra o tratamento padrão. Isso porque os linfonodos pélvicos são geralmente os primeiros a apresentar metástases, melhorando a precisão do estadiamento e contribuindo para taxas de sobrevivência mais altas.

– Câncer Ginecológico: Em neoplasias como câncer de colo do útero, endométrio e ovário, realiza-se a linfadenectomia para melhor avaliar a disseminação linfática e guiar as etapas seguintes do tratamento.

– Câncer de Esôfago: A esofagectomia costuma ser acompanhada por linfadenectomia para um estadiamento mais eficaz e controle da doença. A extensão do procedimento pode variar conforme a técnica cirúrgica adotada.

Procedimento e Técnicas Cirúrgicas

Existem várias abordagens para realizar uma linfadenectomia:

– Cirurgia Aberta: Este é o método tradicional, que envolve incisões maiores.

– Laparoscopia: Uma técnica minimamente invasiva que utiliza pequenas incisões e uma câmera.

– Cirurgia Robótica: Uma variante da laparoscopia em que se utiliza um robô para ajudar na precisão do procedimento.

Durante a cirurgia, os linfonodos das principais cadeias linfáticas regionais, como as cadeias ilíaca externa, ilíaca interna e obturatória na pelve, são removidos. A extensão da linfadenectomia depende do risco oncológico e da experiência da equipe cirúrgica.

Benefícios e Riscos Associados

Os principais benefícios da linfadenectomia incluem:

– Estadiamento Preciso: Possibilita a identificação de metástases linfáticas.

– Melhora na Sobrevida: Em cânceres de alto risco, a remoção de linfonodos comprometidos pode aumentar as taxas de sobrevivência.

– Controle Local da Doença: Diminui a chance de recidiva do tumor.

No entanto, este procedimento, como qualquer outra cirurgia, apresenta alguns riscos, tais como:

– Linfedema: Inchaço causado pelo acúmulo de líquido linfático, especialmente nos membros inferiores ou superiores, dependendo da área operada.

– Infecções: Risco de infecção no local da cirurgia.

– Lesão de Nervos ou Vasos: Possibilidade de danos a estruturas próximas.

– Seroma: Acúmulo de líquido na área operada.

A decisão de realizar uma linfadenectomia deve ser cuidadosamente personalizada, levando em conta os benefícios e potenciais riscos para cada paciente. Um acompanhamento pós-operatório adequado e a reabilitação têm papel crítico na minimização das complicações e promoção de uma recuperação completa.

Comentários

Hérnias da Parede Abdominal

Ocorrem devido às malformações ou fragilidade adquiridas durante a vida. Neste local, por aumento da pressão intra-abdominal, o conteúdo peritoneal se projeta para o exterior, causando a hérnia. Geralmente, as hérnias são móveis, podendo ser reduzidas. Em algumas situações tornam-se presas (encarceradas), podendo inclusive sofrer isquemia (estranguladas).

Cálculos da Vesícula Biliar

A litíase das vias biliares, também conhecida como "pedra na vesícula", atinge de 10 a 20% da população. Por um desequilíbrio bioquímico na bile - que fica armazenada e concentrada na vesícula biliar - cálculos de tamanhos variados podem se formar. Esses podem ser assintomáticos, causar dores de intensidade variada e complicações mais sérias - como colecistite, colangite e pancreatite.