Cirurgião Oncológico no Rio de Janeiro

Médico especialista em cirurgia geral e oncológica, com ênfase em cirurgia minimamente invasiva: videolaparoscópica e robótica.

Tumores
Digestivos

Câncer de intestino

Dentre os tumores do aparelho digestivo, o câncer de intestino (cólon e reto) é o mais incidente. E, quando comparado a todos os tipos, é o terceiro mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres, excluindo os tumores de pele.

O câncer de cólon e reto é uma doença multifatorial, influenciada por fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida. Os fatores hereditários, como o histórico familiar de câncer de cólon e reto e as doenças inflamatórias do intestino, representam apenas uma pequena proporção da variação observada na carga global da doença. Fatores de risco ligados ao estilo de vida são modificáveis e incluem: o consumo de bebidas alcoólicas, a baixa ingestão de frutas e vegetais, o alto consumo de carnes vermelhas e de alimentos processados, a obesidade, o tabagismo e a inatividade física.

O tratamento vai depender do estadiamento clínico feito através de exames endoscópicos (colonoscopia), e de imagem (ultrassonografia, tomografia e/ou ressonância), podendo ser feito por cirurgia, associado ou não a quimio e radioterapia. A maioria dos tumores, quando existe indicação de tratamento cirúrgico, pode ser abordada de maneira minimamente invasiva, ou seja, com videolaparoscopia ou robótica, garantindo melhor recuperação pós-operatória, com menos sangramento, dor e complicações.

Câncer de estômago

Para o Brasil, estimam-se 13.540 casos novos de câncer de estômago entre homens e 7.750 nas mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. De todos os cânceres que ocorrem no mundo, essa neoplasia maligna alcançou o quinto lugar, no ano de 2012, com prevalência de quase um milhão de casos, 6,8% do total (FERLAY et al., 2013).

A infecção por Helicobacter Pylori compreende a causa mais fortemente associada ao aumento no risco para o desenvolvimento de câncer de estômago. Entre os demais fatores ambientais, estão os hábitos nutricionais, como dietas ricas em alimentos defumados ou conservados no sal, a obesidade, o consumo de álcool, em grandes quantidades, e de tabaco.

Como todos os tumores, deve ser avaliada a extensão da doença com exames endoscópicos (endoscopia digestiva alta) e de imagem, para a definição do estadiamento clínico e programação de tratamento.

Dependendo disto, o tratamento pode ser iniciado com quimioterapia para melhor abordagem cirúrgica, ou com cirurgia como primeira opção. A cirurgia laparoscópica ou robótica pode ser utilizada com cautela desde que o critérios oncológicos sejam respeitados, garantindo melhor recuperação pós-operatória.

Câncer de esôfago

O esôfago é um órgão tubular, que conduz o alimento da boca ao estômago, sendo formado por uma camada interna chamada mucosa e submucosa, com uma rica rede linfática. Por estar localizado em 3 regiões (pescoço, tórax e abdome), tem o tratamento cirúrgico diferenciado pela localização do tumor.

O prognóstico, em geral, independe do tipo histológico, embora pacientes com adenocarcinomas apresentem prognóstico discretamente melhor quando comparados aos carcinomas de células escamosas (HOWLADER et al., 2017).

Entre os fatores de risco envolvidos na etiologia do câncer de esôfago, destacam-se a síndrome de Barret – decorrente de refluxo gastroesofágico crônico – e a síndrome tilose hereditária – um distúrbio autossômico caracterizado por hiperceratose palmoplantar.

Em comum com os demais cânceres de origem digestória, os padrões dietéticos são de relevante importância, sendo considerado que a ingestão de bebidas quentes, dietas pobres em frutas e vegetais frescos, o aumento do consumo de alimentos em conserva, de churrasco, o consumo de álcool e de fumo, bem como o fator obesidade, estão associados ao aumento do risco.

O tratamento vai depender da localização do tumor, assim como a sua extensão no esôfago e possíveis metástases para linfonodos e outros órgãos. A cirurgia, quando possível, é a principal modalidade com intenção de cura. Porém a radio e quimioterapia podem ser utilizadas antes ou após.

Câncer de Pâncreas

O pâncreas é um órgão retroperitoneal, ou seja, está localizado junto a parte posterior do abdome, próximo a vasos calibrosos como a aorta e a cava. Além disso, tem íntimo contato com outras estruturas como o duodeno, colédoco, baço, estômago e cólon transverso, o que torna sua abordagem cirúrgica mais desafiadora.

O câncer de pâncreas mais comum é do tipo adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular), correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). As outras partes do pâncreas são corpo (centro) e cauda (lado esquerdo). Outros tumores produtores de hormônios também podem ter origem no pâncreas, como insulinomas, glucagomas, VIPOMAS e demais tumores neuroendócrinos.

O tratamento, após estadiamento e definição da extensão da doença, pode ser cirúrgico ou quimioterápico. A cirurgia minimamente invasiva pode ser utilizada em casos selecionados.

Câncer do fígado

O fígado é o principal alvo das metástases dos tumores do trato digestivo, sendo essa a principal causa de tumores hepáticos. Nesses casos, é importante definir o foco primário da doença para decidir qual a melhor abordagem.

Tumores primários do fígado também podem existir, sendo eles o hepatocarcinoma, colangiocarcinoma, sarcomas, linfomas e outros.

Por ser um órgão sólido, o fígado é dividido em seguimentos, e de acordo com a localização e tamanho do tumor, uma modalidade cirúrgica será aplicada. Uma característica importante deste é órgão é a capacidade regenerativa, sendo possível retirar até 75% do volume hepático em casos selecionados.

A cirurgia minimamente invasiva (videolaparoscopia e robótica) pode ser aplicada com ótimos resultados.

Você
Sabia?

No Brasil, câncer de cólon e reto é o terceiro tipo mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres.

Para esses e outros diagnósticos, você deve contar com a ajuda de um profissional especializado em cirurgias minimamente invasivas.

Tumores
Ginecológicos

Câncer de Ovário

O câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero. A quase totalidade das neoplasias ovarianas (95%) é derivada das células epiteliais (que revestem o ovário). O restante, provém de células germinativas (que formam os óvulos) e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos).
Por ser um tumor de crescimento lento, com poucos sintomas e não haver um método de detecção precoce adequado, o diagnóstico muitas vezes acontece em estádios mais avançados da doença. Nem por isso, o tratamento com intenção de cura está descartado. Inicialmente, exames de imagem para definir a extensão da doença devem ser utilizados. A biópsia do tumor ovariano é contraindicada pelo risco de perfuração e extravasamento de conteúdo tumoral (células malignas) na cavidade abdominal. Porém, a biópsia de lesões metastáticas pode ser realizada. O tratamento pode ser iniciado com cirurgia ou quimioterapia, e o objetivo cirúrgico será retirar a maior carga tumoral possível – citorredução, o que vai impactar diretamente na sobrevida da paciente.

Câncer de colo de útero

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV. São fatores de risco: início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros; tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados); e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV. A transmissão da infecção ocorre por via sexual. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

O tratamento vai depender da localização e extensão da doença, avaliada por exames de estadiamento, como o exame especular, toque vaginal, tomografia e ressonância. Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero, estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.

Câncer de útero

O câncer do corpo do útero pode se iniciar em diferentes partes do órgão. O tipo mais comum se origina no endométrio (revestimento interno do útero) e é chamado de câncer de endométrio. O sarcoma uterino é uma forma menos comum de câncer uterino, que se origina na musculatura e no tecido de sustentação do órgão.

O risco de desenvolvimento de câncer do corpo do útero aumenta em mulheres com mais de 50 anos. Outros fatores são: predisposição genética, obesidade, diabetes, hiperplasia endometrial, anovulação, radiação, uso crônico de estrogênio, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, síndrome do ovário policístico e síndrome de Lynch.

O tratamento depende do estadiamento, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A cirurgia minimamente invasiva (laparoscopia e robótica) pode ser utilizada, com excelentes resultados na pelve.

Doenças do
peritônio e carcinomatose

O peritônio é uma membrana que reveste internamente o abdome e a maioria dos órgãos intra-abdominais. É foco comum de metástases de tumores de ovário, apêndice, cólon e estômago, mas também pode dar origem a tumores primários, como o mesotelioma. No caso da carcinomatose peritoneal por metástase, a fonte primária deve ser estabelecida para que a abordagem seja definida. Nestes casos, alguns pacientes podem ser selecionados para a cirurgia citorredutora, onde toda a doença deve ser retirada, associada ou não a hipertermoquimioterapia (HIPEC), onde o cirurgião aplica quimioterapia intraperitoneal durante a cirurgia. Este método de tratamento deve ser muito bem indicado, uma vez que nem todos os pacientes se beneficiarão e riscos podem estar incluídos. No caso do mesotelioma, onde o foco primário da doença é o peritônio, a melhor abordagem é a citorredução associada à hipertermoquimioterapia. Esse procedimento deve ser realizado por profissional treinado, e em local capacitado.

Cuide da
sua saúde

A litíase das vias biliares, também conhecida como "pedra na vesícula", atinge de 10 a 20% da população. Para evitar complicações mais sérias, como colecistite, colangite e pancreatite, a doença deve ser tratada o mais breve possível. Por isso, é de extrema importância consultar um especialista para diagnosticar e iniciar o tratamento adequado para a condição.

Tumores de
Pele e Sarcoma

Câncer de pele não melanoma

O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente, porém, se não tratado adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas.

O câncer de pele não melanoma apresenta tumores de diferentes tipos. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular (o mais comum e também o menos agressivo) e o carcinoma epidermoide. O principal fator de risco é a exposição solar, principalmente em pessoas de pele clara.

            A cirurgia é o tratamento mais indicado tanto nos casos de carcinoma basocelular como de carcinoma epidermoide. Eventualmente, pode-se associar a radioterapia à cirurgia.

Melanoma

O câncer de pele melanoma tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e é mais frequente em adultos brancos. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na forma de manchas, pintas ou sinais. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés.

O melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).

            A cirurgia é o tratamento mais indicado e vai depender da localização e profundidade de lesão. O principal sítio de metástase é a linfonodal, e alguns pacientes tem indicação de pesquisa do linfonodo sentinela, onde uma biópsia num grupamento específico linfonodos é realizada.

Sarcomas

Sarcomas são tumores de origem no tecido conjuntivo, sendo os principais os sarcomas de partes moles e o sarcomas ósseos.

Os sarcomas de partes moles podem se localizar em qualquer parte do corpo, sendo mais comuns nos membros (braços e pernas) – conhecidos como sarcomas de extremidades. E os sarcomas retroperitoneais, posição mais posterior do abdome, podem ter diversos subtipos a depender do tecido de origem.

O tratamento é basicamente cirúrgico a depender da localização, tamanho e relação com estruturas adjacentes, como vasos, nervos e outros órgãos. A radioterapia pode ser utilizada antes ou após a cirurgia em alguns casos. A quimioterapia também pode ser utilizada, porém os resultados ainda são muito variados.

Convênios

Bradesco Saúde, CASSI, Petrobras, Omint, Allianz Saúde, Banco Central, Eletros-Saúde, Embratel (Pame), Gama Saúde, Mediservice, Sul América Saúde, AMAFRERJ – RJ, BNDS – FAPES, CAMARJ, CAMPERJ – RJ, Care Plus – RJ, Mutua – RJ, PAME – RJ, Real Grandeza – RJ, TELOS, UNAFISCO – RJ, Vale / PASA e Cabesp.

Endereços

Consultório Barra Shopping

Centro médico com diversos laboratórios e centro de imagem. Local com estacionamento e segurança.

Consultório Le Monde Office Barra

Fácil acesso de carro ou transporte público. Dentro do shopping, com segurança e comodidade. Local com estacionamento.

Blog

Hérnias da Parede Abdominal

Ocorrem devido às malformações ou fragilidade adquiridas durante a vida. Neste local, por aumento da pressão intra-abdominal, o conteúdo peritoneal se projeta para o exterior, causando a hérnia. Geralmente, as hérnias são móveis, podendo ser reduzidas. Em algumas situações tornam-se presas (encarceradas), podendo inclusive sofrer isquemia (estranguladas).

Cálculos da Vesícula Biliar

A litíase das vias biliares, também conhecida como "pedra na vesícula", atinge de 10 a 20% da população. Por um desequilíbrio bioquímico na bile - que fica armazenada e concentrada na vesícula biliar - cálculos de tamanhos variados podem se formar. Esses podem ser assintomáticos, causar dores de intensidade variada e complicações mais sérias - como colecistite, colangite e pancreatite.