O câncer de ovário pode afetar mulheres de todas as idades, mas é mais comum nas que possuem acima de 40 anos. Ele é mais silencioso do que a neoplasia de colo de útero e, justamente por isso, é mais letal: muitas vezes, a mulher não consegue diagnosticar precocemente o quadro, o que dificulta o tratamento.
Pensando nisso, neste post, traremos mais informações sobre o assunto, apontando os sintomas, as causas e opções de tratamento. Para adiantar um pouquinho: o acompanhamento constante com um ginecologista é essencial para todas as mulheres e pode ser o fator determinante na superação de uma doença como essa.
Causas do câncer de ovário
O tumor maligno pode atingir os ovários propriamente ditos ou as tubas uterinas e até o peritônio, a membrana que reveste internamente a cavidade abdominal.
Estima-se que mais de 90% dos casos de câncer de ovário sejam originados nas células epiteliais, que revestem essas glândulas. O restante se divide em tumores de células germinativas, originados a partir das que produzem os óvulos, e estromais, ou seja, células que formam os próprios ovários e que produzem os hormônios femininos (estrogênio e progesterona).
Os tumores benignos não se espalham para os outros órgãos, assim, o problema pode ser resolvido com a retirada do ovário acometido. Já os malignos exigem um tratamento mais complexo, porque podem se espalhar, processo conhecido como metástase.
As causas do câncer, no geral, não são plenamente definidas, mas, no caso dos ovários, os fatores de risco são:
- avanço de idade;
- histórico familiar de câncer de ovário ou de mama;
- obesidade;
- menarca precoce e/ou menopausa tardia;
- infertilidade.
Alguns estudos apontam que mulheres que nunca tiveram filhos também são mais propensas a sofrerem com o câncer de ovário.
Sintomas
Em sua fase inicial, os sintomas não são muito específicos e é isso que dificulta o diagnóstico. A paciente pode sentir pequenas alterações intestinais e urinárias, além de sensação de peso na região abdominal. Por isso, se esses sinais não desaparecerem em cerca de duas semanas, a investigação do médico precisa incluir a possibilidade de ser um câncer de ovário.
À medida que a doença avança, os sintomas ficam também mais intensos e passam a incluir um inchaço mais significativo no abdômen, diarreia, dores no abdômen, pelve e pernas, sensação de cansaço constante.
Tratamento
Os dois caminhos mais comuns são a cirurgia e a quimioterapia, usados em conjunto ou não. A escolha da melhor opção depende das características do tumor, sua extensão, se ele é um tumor primário ou recorrente, além da idade e condições de saúde da paciente.
O objetivo é, além de remover a formação maligna, evitar que ela se alastre para outros órgãos. Mas, cada caso precisa ser avaliado individualmente.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião oncológico no Rio de Janeiro!