A sociedade ainda é muito temerosa quando o assunto é câncer colorretal. Os tabus acerca do tema são vários. Acredita-se, por exemplo, que quem foi diagnosticado com tumor no cólon “fez algo sexualmente errado”. Essas são afirmações equivocadas que atravessam gerações.
Afinal, o que é o câncer de cólon?
São tumores malignos que podem comprometer todo o intestino grosso (cólon) e o reto, atingindo homens e mulheres, sendo a primeira causa de câncer do aparelho digestivo e a terceira em incidência entre todos os tumores malignos em nosso país.
O Instituto Nacional de Câncer estima quase 40 mil novos casos neste ano.
Quais os sintomas?
Mudança no hábito intestinal, desconforto abdominal com gases ou cólicas, sangramento nas fezes, sangramento anal e sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação são sinais de alerta.
Também pode ocorrer perda de peso sem razão aparente, cansaço, fezes pastosas de cor escura, náuseas, vômitos e sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar.
Pessoas com mais de 50 anos com anemia de origem indeterminada e que apresentem suspeita de perda crônica de sangue no exame de sangue devem fazer endoscopia gastrintestinal superior e inferior.
O problema não está ligado apenas à terceira idade. A incidência em pessoas abaixo de 60 anos vem aumentando.
Prevenção
Pessoas com histórico familiar de câncer colorretal devem começar o rastreamento a partir dos 40 anos de idade, bem como aquelas que têm doenças inflamatórias do cólon (retocolite ulcerativa e doença de Crohn, por exemplo).
Não precisa nem dizer que, a exemplo do que é constatado em outros tumores, aqui, a alimentação inadequada, o tabagismo e o sedentarismo são vilões e gatilhos para o problema.
Já se sabe que a maioria das mutações do DNA relacionadas ao câncer colorretal não são herdadas, mas adquiridas durante a vida de uma pessoa, por isso a importância se manter hábitos saudáveis.
Nada de fugir da colonoscopia!
O principal exame para diagnosticar problemas no intestino é cercado de dúvidas por causa do preparo e do suposto desconforto que pode causar. O paciente é sedado e, portanto, não sente nada durante o procedimento. O preparo pode ser chatinho devido ao uso de medicamentos laxativos que esvaziam o intestino grosso e permitem o estudo do cólon. Mas não é nenhum bicho de sete cabeças, pode ficar tranquilo.
Tratamento
Depende do tamanho, da localização e da extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.
O tratamento inicial para câncer de colón é a cirurgia, cujo procedimento retira a parte do intestino afetada e os nódulos linfáticos próximos à região. Se necessário, a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é utilizada para diminuir a possibilidade de reincidência.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião oncológico no Rio de Janeiro!