O fígado é um órgão extremamente importante para o bom funcionamento do corpo humano. Versátil, ele realiza centenas de atividades essenciais no organismo, incluindo:
- armazenamento de glicogênio
- transformação de proteínas em aminoácidos
- eliminação de toxinas
- estoque de vitaminas
- filtragem do sangue
- destruição de hemácias anormais
- secreção da bile no processo digestivo
- síntese de colesterol
- metabolização de medicamentos, dentre centenas de outras funções.
Como qualquer outra parte de corpo, o fígado pode adoecer. Uma das alterações mais graves que o afetam este órgão é o câncer hepático. Dividido em duas categorias, o câncer no fígado pode ser primário, originado no próprio órgão, ou secundário, também chamado de metastático, por ter origem em outro lugar e afetar também o fígado.
O fígado é o principal sítio de metástases dos órgãos digestivos, sendo este o principal diagnóstico quando nos deparamos com tumores hepáticos. O tipo de câncer primário do fígado mais comum é o hepatocarcinoma, tumor maligno, responsável por 80% dos episódios. Os demais tipos são o colangiocarcinoma, correspondente a tumores nos dutos biliares, os sarcoma e linfomas. Quer saber mais sobre o câncer de fígado e descobrir quais são as causas, sintomas e tratamentos? Continue lendo para saber mais!
Causas do câncer de fígado
O câncer hepático não tem uma única causa específica. Ele é multifatorial e pode estar associado a problemas subjacentes, como:
- cirrose hepática
- hepatite crônica
- alcoolismo
- inflamações nas vias biliares
- infecção por trematódeo
- gordura no fígado
- anabolizantes
- substâncias químicas, como arsenicais inorgânicos, dióxido de tório e cloreto de vinil
Sintomas de câncer hepático
Em fases iniciais, o câncer de fígado costuma ser assintomático. Mais tarde, podem ocorrer manifestações, como dores abdominais, inchaço local, acúmulo de líquido no abdômen, náuseas, vômitos, fadiga, perda de apetite, emagrecimento, coceira cutânea, olhos, pele e mucosas amareladas.
Na presença de um ou mais sintomas, é importante procurar o hepatologista para que o profissional avalie clinicamente seu caso e solicite exames de diagnóstico, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom de abdômen para verificar a eventual presença de tumores hepáticos.
Nem todo nódulo ou cisto no fígado representa um câncer hepático. Se alterações suspeitas forem identificadas nos resultados dos exames, o especialista pode pedir uma biópsia para confirmar ou descartar a existência de tumor maligno.
Tratamentos para essa condição
De modo geral, o tratamento cirúrgico é o tratamento mais efetivo para combater tumores no fígado, sobretudo no caso de tumores hepáticos primários. A ressecção do tumor eleva significativamente a chance de cura nessa situação.
Os tratamentos são variáveis, mas podem envolver técnicas e procedimentos, como:
- remoção parcial do fígado
- transplante
- quimioterapia
- radioterapia
- medicação oncológica
- crioablação
- embolização
- quimioembolização
- ablação por radiofrequência
- injeções percutâneas
Todas são medidas capazes de amenizar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e aumentar as possibilidades de cura da doença.
Vale destacar que o tipo de tratamento depende do tamanho, gravidade e estágio do tumor hepático. Quando o problema é diagnosticado precocemente, as chances de curar a doença são maiores. Se identificado tardiamente, quando as chances de cura são pequenas, o tratamento ainda assim é útil como paliativo.
Quer saber mais sobre o câncer de fígado? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião oncológico no Rio de Janeiro!