De todos os cânceres diagnosticados no Brasil, 33% correspondem aos tumores de pele, sendo que a cada ano 180 mil casos surgem. Câncer de pele não é tudo igual.
Existem, basicamente, três tipos: os carcinomas basocelulares (CBC) e os espinocelulares (CEC). Mais raro e letal que os carcinomas, temos o melanoma, tipo mais agressivo.
Carcinomas basocelulares
Trata-se do mais prevalente dentre todos os tipos. Surge nas células basais, localizadas na camada mais profunda da epiderme, manifestando-se em regiões expostas ao sol, como face e couro cabeludo.
Em alguns casos, podem ser semelhantes às lesões não cancerígenas, como psoríase e eczema.
Carcinomas espinocelulares
Apesar de menos comum, pode ser mais grave. Responde por cerca de 20% dos cânceres de pele e, eventualmente, pode causar metástases (quando se espalha para outras áreas do corpo), sendo importante, portanto, o diagnóstico em fases iniciais.
Você sabia que os carcinomas espinocelulares podem ser encontrados em mucosas, principalmente no lábio? Aí, neste caso, não há associação com os raios UV, mas sim com fumo ou alguns tipos de vírus.
Melanoma
É o tipo mais temido e perigoso, justamente por ter o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. No entanto, se descoberto cedo, as chances de cura ultrapassam 90%, quando há detecção precoce da doença.
Quais as causas do câncer de pele?
A maioria dos cânceres de pele é causada pela exposição ao sol e à radiação ultravioleta. O fator idade também influencia, justamente porque quanto mais avançada, maior é o tempo de exposição solar daquela pele. É um câncer que atinge homens com mais frequência do que mulheres.
Pessoas com pele, cabelos e olhos claros têm mais chances de sofrer câncer de pele, assim como aquelas que têm albinismo ou sardas pelo corpo. Por fim, consideramos a genética, pois este tumor é comum em indivíduos que têm antecedentes familiares da doença.
Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as duas melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos.
O Brasil é um país tropical, e justamente por isso devemos redobrar os cuidados. Faça chuva ou faça sol, nunca saia de casa sem se proteger. Ah, sempre que possível, use chapéus e óculos escuros.
Existem muitas opções de fotoproteção no mercado. Escolha um de FPS igual ou superior a 15, aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de dar caras no sol. Reaplique após mergulhar ou transpirar excessivamente.
Como é o tratamento para câncer de pele?
Depende do tipo e do estadiamento do câncer. Nunca é demais reforçar: em se tratando de tumores, quanto antes se descobre, melhor é a resposta aos tratamentos.
A maioria dos carcinomas basocelulares e espinocelulares são abordados com procedimentos simples, tais como cirurgia excisional, curetagem e eletrodissecção, criocirurgia, e cirurgia a laser.
Nas situações em que há um maior risco de metástase ou quando ela já ocorreu, pode ser necessário realizar radioterapia ou quimioterapia após a cirurgia.
Não subestime as alterações na pele
Caso você perceba qualquer alteração nas pintas ou feridas na pele que não cicatrizam, procure um médico para ele avaliar a região. Não deixe para depois.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião oncológico no Rio de Janeiro!