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Cirurgia minimamente invasiva: o que é e quais são seus benefícios

 

Quando se falava em cirurgia, anos atrás, a primeira imagem que vinha à mente era de cortes grandes e sangue para todos os lados. O cenário mudou completamente. Estamos na era dos procedimentos minimamente invasivos.

O que é a cirurgia minimamente invasiva?

Como o nome sugere, é a cirurgia realizada com máxima preservação da anatomia do paciente, com menos agressão ao organismo e mais assertividade na resolução do problema.

Quais os benefícios?

Cicatrizes discretas, justamente porque a área de corte é muito menor que de uma cirurgia aberta.

Menos cortes levam à perda mínima de sangue durante o processo cirúrgico, portanto, à menos chances de transfusões sanguíneas. Dor quase zero, menor tempo de internação e rápida recuperação são outras vantagens.

Sistema robótico

Você já deve ter ouvido falar por aí de cirurgia robótica, não é mesmo? Trata-se de uma modalidade de intervenção que se popularizou no Brasil nos últimos anos, sendo bastante difundida em outros cantos do mundo.

Esse sistema faz parte dos projetos de medicina de ponta em cirurgias de alta complexidade. Diferentemente do que se pode pensar, o robô não opera sozinho. Digamos que ele é uma Ferrari nas mãos do cirurgião.  

Enquanto países como os Estados Unidos já reúnem mais 3 mil plataformas robóticas, no Brasil, há cerca de 40 em funcionamento. O maior entrave à expansão dessa técnica por aqui é ainda o alto valor do equipamento.

Como funciona?

O médico controla o aparelho realizando, por um console com joysticks, dentro da sala de cirurgia, todos os movimentos dos braços do robô. As câmeras acopladas a ele permitem ao médico ter visão estável, em três dimensões e 360º.

A cabine e o cirurgião precisam ficar a certa distância do paciente, por causa das regras de higiene. Já o resto da equipe médica fica na mesa de cirurgia para realizar as outras tarefas, como anestesia e troca de ferramentas. Eles também acompanham tudo em um monitor que transmite a operação em tempo real.

Antes de assumir o controle da máquina, o profissional precisa passar por um treino em um simulador. É como tirar carteira de habilitação, só que para operar.

Nos próximos anos, o equipamento robótico deverá se tornar mais acessível e seu uso poderá abranger uma variedade maior e mais complexa de patologias.

A indicação deste tipo de cirurgia varia caso a caso, sendo essencial que seja realizada por profissionais experientes e com treinamento adequado.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião oncológico no Rio de Janeiro!

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